Répteis Esporte Clube: O time que está transformando o futsal no Sítio do Conde

Equipe une esporte, inclusão e desenvolvimento social em uma nova fase do futsal condense.

Fundado em 23 de maio de 2025, no Sítio do Conde, Bahia, o Répteis Esporte Clube surgiu com a missão de revitalizar o futsal na região. O esporte, antes limitado ao tradicional “baba”, praticado de forma informal e sem regulamento, ganhou novo fôlego a partir da iniciativa dos condenses João Carlos e Jair Batista. Ambos convidaram Franklin Silva para desenvolver um projeto esportivo organizado e consistente, trazendo para o município a experiência adquirida por ele em São Paulo e na Argentina.

A ideia de criar o clube nasceu da necessidade de oferecer oportunidades esportivas e educativas para crianças e jovens. O futsal foi escolhido não apenas como modalidade competitiva, mas como ferramenta de integração social, disciplina e desenvolvimento pessoal. A proposta de Franklin, alinhada à visão da diretoria, era implantar uma filosofia de trabalho profissional, com organização interna, comissão técnica e foco na formação de talentos.

O início não foi simples, a equipe enfrentou dificuldades estruturais, como falta de quadra adequada, material esportivo e apoio financeiro. Apesar disso, a dedicação dos idealizadores e dos primeiros atletas permitiu que o projeto ganhasse corpo e credibilidade.

Com o tempo, a comunidade passou a reconhecer a seriedade da iniciativa, mesmo rodeado de desconfiança inicial, o Répteis conseguiu conquistar o respeito do público, especialmente após o primeiro torneio disputado, quando a equipe, mesmo eliminada nos pênaltis, recebeu aplausos dos adversários e torcedores.

O nome “Répteis” tem dois significados importantes. A primeira inspiração veio de um jovem atleta que demonstrava grande admiração pelo grupo, acompanhando a equipe em todos os momentos e tornando-se símbolo de identificação com o projeto. O segundo significado acompanha o sentido literal: resistência, adaptação e inteligência tática. Assim como os répteis se adaptam e sobrevivem diante das adversidades, o time representa superação dentro e fora das quadras.

A seleção dos jogadores é realizada com base em critérios técnicos e disciplinares. Cada atleta precisa passar pela avaliação de João Carlos, conhecido como Goda, do professor Maurício e dos demais diretores. Mais do que talento, o Répteis busca comprometimento, atitude e comportamento exemplar. A formação cidadã é considerada tão importante quanto o desempenho esportivo.

Os treinos acontecem regularmente na quadra comunitária do Sítio do Conde, conforme a disponibilidade. A rotina inclui atividades técnicas, táticas e físicas, além de jogos treinos realizados às segundas, quartas e sextas-feiras. O planejamento é estruturado de forma a estimular o crescimento individual e coletivo.

Atualmente, a equipe se mantém de forma independente. Parte dos recursos é fornecida por Franklin Silva, além de contribuições de apoiadores locais. O clube evita utilizar o termo “patrocinadores”, por reconhecer o esforço e a paixão dessas pessoas pelo esporte regional e preferir tratá-los como parceiros.

Entre as principais dificuldades, estão os custos com transporte, materiais esportivos e manutenção geral da equipe. Mesmo assim, o engajamento dos atletas e o apoio comunitário têm sido fundamentais para a continuidade do projeto.

A rotina de jogo envolve preparação prévia com foco tático, concentração, aquecimento e análise de adversários. A equipe se organiza em grupos de comunicação onde são feitos avisos, cobranças e interações descontraídas que fortalecem o ambiente familiar dentro do clube. Após cada partida, há avaliação coletiva do desempenho e uma oração em agradecimento.

Apesar de ter apenas alguns meses de atividade, o Répteis participou de um torneio eliminatório onde protagonizou uma partida marcante: perdendo por 3 a 0, buscou o empate e acabou eliminado nos pênaltis, conquistando a torcida e até o reconhecimento dos adversários. Em outra ocasião, enfrentou o Liverpool, considerado um dos melhores times da cidade. A equipe abriu 5 a 1 no primeiro tempo, mas perdeu por 11 a 8 em um confronto considerado histórico pela diretoria e pelos jogadores.

A rivalidade com outros times da região é encarada de forma saudável e motivadora. O clube mantém relações de respeito com as demais equipes e demonstra apoio ao fortalecimento do futsal local. A repercussão do Répteis tem ultrapassado os limites do Sítio do Conde, atraindo interesse de equipes de Indiaroba, Arembepe e outras cidades, gerando grande demanda por amistosos. A crescente visibilidade levou até à solicitação de camisas e uniformes por torcedores de outros estados e até de outros países.

O objetivo da diretoria para os próximos anos é ampliar a base, fortalecer o elenco e disputar campeonatos de maior expressão na Bahia. A meta é transformar o Répteis em referência esportiva e social no litoral norte, revelando talentos e contribuindo para o desenvolvimento da comunidade por meio do esporte.

O clube segue guiado por sua missão, visão e valores definidos em estatuto. A missão é promover o desenvolvimento esportivo e social dos jovens do Sítio do Conde, incentivando disciplina, respeito e trabalho em equipe. A visão é se tornar referência regional na formação cidadã e esportiva. Entre os valores, destacam-se respeito, disciplina, união, superação, orgulho local e espírito esportivo.

A diretoria do Répteis é composta por Alexandre, responsável pela marcação de jogos; Edmundo, encarregado dos canais de mídia; João Carlos, responsável pela entrada e saída de atletas; Jair Batista, encarregado da auditoria e controle de materiais e finanças; Franklin Silva, responsável por assuntos comerciais e esportivos; e o professor Maurício, técnico interino do elenco.

Com organização, propósito e forte identidade comunitária, o Répteis Esporte Clube segue consolidando sua história e elevando o nome do Sítio do Conde no cenário esportivo regional.

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